segunda-feira, 4 de junho de 2018

Fui à Grécia




Fui à Grécia. Assim, como Shirley Valetine, queria fugir da rotina. É bem verdade que minha rotina não inclui um marido e nem tão pouco aquela rotina de dona de casa. Mas rotina é rotina! 
Gosto de novidades, mas sou um tanto preguiçosa para buscá-las... Mas ir à Grécia merecia este esforço.
Mala pronta, amiga a tira colo e uma vontade louca de encontrar uma espécie de Toni Conti, (Risos), nos acompanhava. 
A primeira parada foi na ilha de Santorini. Ela não nos decepcionou.  Vimos as famosas casas brancas, as ruas estreitas e tortuosas, os burrinhos que subiam incansavelmente trazendo os turistas preguiçosos... O mar azul com suas encostas de pedras. As lojinhas abarrotadas daquele azul e branco que convidavam os turistas ávidos.
Subimos e descemos muitas escadarias, provamos a culinária grega, (decidimos que o melhor é o Gyros), mergulhamos os pés em um aquário- limpeza feita por peixinhos- experimentamos a cerveja local Mythos, colhemos pedregulhos na praia de Kalamari e perdi a paciência com o dono do Kira Thira Jazz Bar, que me serviu um Aperol Spritz que não tinha gosto de absolutamente nada! E ainda tiveram a cara de pau de me cobrar. Depois de uma abordagem agressiva do dono ou gerente, sei lá, o jeito foi pagar e sair em busca de ambiente mais acolhedor...
Atenas nos recebeu tarde da noite. Na manhã ensolarada, descobrimos ruas mais largas, praças espaçosas e burburinho de atenienses e turistas apressados.
Duas mulheres descobrindo o velho mundo, através de uma arquitetura grandiosa, bela e única! Revisamos nossos conhecimentos de História, Geografia, Filosofia, enquanto visitávamos a Acrópole, o Monte Lycabettus, a academia de Atenas e outras tantas ruínas e espaços.  Dançamos o Kalamatiô e fizemos a famosa quebra de pratos... 
Quebramos mais que pratos... Quebramos a rotina de nossas vidas... Quebramos a ilusão juvenil do romance grego...
Os deuses gregos ficaram restritos às estátuas brancas e frias de medidas perfeitas; segundo a amiga nem tão perfeitas assim, uma vez que a genitália masculina minúscula não condizia com aquele corpo musculoso. A população , na sua maioria, formada por pessoas de baixa estatura e sem grandes cuidados com a aparência. Os escassos sorrisos que encontramos eram  quase sempre feitos por dentes amarelados ou escuros, com grandes janelas para o vácuo... 
Fizemos uma grande descoberta: É mito o mito do Deus Grego! Assim como é mito que não apreciamos a rotina. Tudo na sua medida certa merece e deve ser apreciado... 
A Grécia sempre será uma doce lembrança atrelada a Shirley Valentine e sua famosa frase:_"Eu não me apaixonei por ele. Eu estou apaixonada pela idéia de viver".
Não me apaixonei pela Grécia. Mas continuo apaixonada pela idéia de viver... de viajar...

2 comentários:

  1. Não me convidou para a festa
    de inauguração desse blog bo-
    nito e aconchegante, né?
    Não faz mal não. Eu venho as-
    sim mesmo e até já estou te
    seguindo.


    Beijos e, te espero por lá, hein!

    .

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  2. A festa foi você aparecer por aqui! Grata pela visita!

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