quarta-feira, 19 de junho de 2019

Cala a boca, Magda!


                  
                                                                                          
_ Cala a boca, Magda!
Esta foi a primeira coisa que me veio à mente quando minha filha anunciou que naquele dia visitaríamos Antibes...
A associação foi mecânica e imediata: Caco Antibes e seu famoso bordão!(Risos)
Mas Antibes é mais que Caco Antibes. É mais que uma comuna francesa situada nos Alpes Maritimes, na região de Provence-Alpes-Côte d'Azur.
A pequena cidade é acolhedora e simpática... Passear por suas pequenas e coloridas ruas é deixar as preocupações desvanecerem- se na sua suave brisa marítima. Visitar o Chatô Grimaldi é respirar história e cultura ou simplesmente lembrar de Picasso e Grace Kelly.
Foi um fim de semana prolongado, que iniciou no sábado e terminou numa terça-feira. Devo confessar que achei curto, entretanto,  que riqueza de momentos! Estar no meio de 3 jovens, cheias de energia, me trouxe o prazer de ser jovem... do riso fácil... dos desentendimentos pueris.
Num dado momento me veio a palavra empatia. Como é difícil nos colocarmos no lugar do outro; como somos, ainda, tão cheios de melindres... 
Existe uma frase atribuída a Sigmund Freud, o criador da psicanálise, que traz os seguintes dizeres: "Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo". Se a sentença foi realmente proferida por Freud, não se sabe. Entretanto, o significado da mensagem é interessante. De acordo com o médico e psicanalista Mauro Hegenberg, professor do Instituto Sedes Sapientiae, a frase é precisa, já que cada um revela um pouco de si mesmo a partir do que identifica no outro. "Isso porque projetamos nos outros aquilo que está em nós mesmos", explica.
 _ Cala a boca, Magda!
 Seguimos em frente!
Perambulamos por ruas e praças de Nice, Antibes, Cannes e Mônaco. O sabor da novidade,  os "pitstops" para os drinks, as piadas trocadas, tudo era motivo de risos. "Olhe a CVC" - era o código para a conversa e risos extrapolados... "rir p o alto" era sinal de um self a ser feito... e assim fomos. 
Jovens são assim... cheios de códigos. 
Há pouco aprendi, com minhas netas, que o verbo deitar ganhou mais um significado completamente diverso: arrasar! Isto é: a gíria da gíria.
É por estas e por outras tantas situações que quero envelhecer ao lado de jovens... Quero ter o riso fácil. Só espero ter e receber mais empatia, mesmo quando não puder mais "deitar"... (Riso).



Foto A. A. Machado


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