terça-feira, 17 de novembro de 2020

Auto conhecimento

                                                   


Na ânsia de melhor me conhecer, talvez devido o momento de reclusão vivido pela  pandemia ou simplesmente por influência dos novos conhecimentos, adquiridos através dos livros de Allan kardec, o fato é que decidi investir um pouco mais neste chamado Autoconhecimento. Por coincidência ou por um aviso dos anjos,  caiu no meu WhatsApp um convite para uma aula gratuita de coaching.  O convite era uma cortesia de uma grande amiga. Amiga de longa data, embora não nos vejamos com a frequência desejada, cultivamos afinidades literárias, histórias de vidas e gosto pela espiritualidade. Ela dizia-se muito satisfeita com o resultado do coaching. Havia remodelado sua ONG, iniciado um curso de pintura em aquarela e, ainda, se debruçado com mais afinco na publicação de deu livro.

Ora, convenhamos, para nós, senhoras sessentonas, novos objetivos é sempre uma excitação a mais... Então decidi. Por que não? Soava-me um tanto chic dizer que estava fazendo coaching. Uma impressão de importância!(Risos) Na minha cabeça, grandes empresários ou pessoas de relevância na mídia ou no mundo dos negócios faziam coaching... é quando enxergamos nossa pequenez diante de quanto conhecimento nos falta! No momento, a grande estrela do coaching, Gerônimo Theml, não me  era estranha. Uma vez que, esporadicamente, ouvia seus podcast. Mas a falta de curiosidade não me levou a saber mais sobre ele. Achava sua fala interessante e era só. Mas vamos voltar ao foco. Cândida Quadrelli chegou na minha tela fazendo seu comercial como coaching e eu ali, quieta... ouvindo e avaliando. Certo. Não acredito, mas vou fazer por curiosidade. A voz da C. me soava metálica e eu pensava: Não vai dar... ela fala demais e não me seduz... e agora?! Já paguei. Ela me descia quadrado... não me lembrava em nada uma cerveja gelada em uma tarde de verão.

Aos poucos a insatisfação inquieta foi diminuindo e pude me concentrar no conteúdo. E, através de testes e outros mirabolantes retalhos ela ia costurando um perfil sobre a minha pessoa, que eu nem mesmo conhecia. Era desafiador me reconhecer naqueles pedaços costurados. Mas percebia que fazia sentido. E, foi assim, que me surpreendi fazendo as tarefas solicitadas e refletindo sobre meus sabotadores.

 O coaching visa mudança de comportamento, embora, seja preciso salientar, que se não houver a reflexão, a aceitação e o desejo, nada vai mudar. Pode até ocorrer mudanças por um curto período; entretanto,  a verdadeira e profunda mudança nasce da consciência de quem somos, da aceitação de quem somos e de como vamos externar estes nossos conteúdos. Se não houver a descoberta de quem somos e a aceitação plena de quem somos; vamos falir inevitavelmente! Faremos uma mudança de comportamento superficial e sem consistência, que poderá diluir-se com o tempo.

Conclusão: o coaching chegou em boa hora para mim. Acrescido de  umas boas horas de terapia e o estudo constante do Vai para dentro do Marlon Reikdal, posso afirmar que a cerveja está descendo mais redonda, mesmo sendo outono por aqui!