domingo, 24 de julho de 2011

Sou avó sim, e daí?!

 

Alguém me disse que ando me lamentando no blog... Sinto que tenham percebido desta forma. Criei o blog para compartilhar situações do cotidiano e, sem grandes pretensões, apresentar meus rabiscos poéticos. E com este objetivo vou seguindo... 
   Ontem, meu neto completou seis anos, hoje, é a vez da neta celebrar seus oito anos. Venho tendo o privilégio de aqui e ali participar destes doces momentos de suas vidas. É interessante perceber como eles, que são três, são capazes de nos lembrar o quanto é divertido simplesmente viver. Eles nos trazem o prazer de exercer novamente aquela maternidade de primavera. Embora de maneira mais suave, mais leve, menos responsável. Afinal, estamos com mais experiência, com mais tempo e com menos preocupações... Não há mais a obrigação do sucesso. Há um ritmo diferente, que nos permite uma troca de experiência, na qual me sinto renovada e com  a certeza de estar contribuindo para o amadurecimento de cada um deles.
   Nestas férias, folheamos velhos álbuns e eles foram descobrindo uma avó mais jovem, um avô mais esguio, lugares diferentes em que vivemos, pais que também foram crianças como eles são agora e tantas outras "novidades" do passado. São momentos em que me sinto historiadora da família. Transportando-os no tempo, revivo minha história. E quando vejo seus olhinhos atentos, seus sorrisos se abrirem diante das traquinagens realizadas pelos pais, percebo minha grande realização de vida: Construí uma família!
   Muitos pais temem tornarem-se avós. Afinal, na visão de muitos, ser avó ou avô é sinal de velhice. Também passei por isto. Hoje sei que ser avó foi apenas uma transição. Uma transição para melhor. Nas palavras de Kanitz  Você estará é passando para um estágio superior, você estará transcendendo. Passará a ser uma avó, cujo surgimento foi um dos eventos mais importantes que a espécie humana produziu, e uma das razões de nosso sucesso como espécie.
   Não sei se somos tão importantes assim, mas sei a importância que meus avós tiveram em minha vida. E desejo deixar este legado aos meus netos. Um legado de amor e respeito pela família; independente da forma que  ela é ou está construída. Desejo que eles sintam-se orgulhosos do seu passado e que sintam-se prontos para o futuro.
   Sinto pelas crianças e pelos avós, que de alguma forma, estejam impedidos desta convivência tão necessária e tão salutar. De acordo com relatório da Grandparents Plus, cerca de um milhão de crianças são incapazes de ver seus avós por causa da separação da família. Além disso, eles relatam que quatro em cada cinco adolescentes dizem que um avô é a pessoa mais importante fora da família imediata.
    Sendo assim, encerro com algumas dicas, para os avós, da psicóloga e terapeuta familiar Lidia Aratangy:  

1. Dê o exemplo
2. Ajude nos estudos
3. Participe da vida escolar
4. Vá a reuniões de pais quando necessário
5. Leve a eventos culturais
6. Ensine algo que domine
7. Leia para seus netos
8. Proponha jogos educativos
9. Seja presente
10. Passe sua experiência de vida
Poeminha sem graça...

Chuva?
É pingo d'água que cai da nuvem...
Jardim?
É flor colorindo os olhos, com sabor de hortelã.
Colhemos as flores nas orvalhadas manhãs...
Enquanto o sol espanta a chuva,
Para dentro dos corações solitários...

                    Boa semana e até a próxima segunda...






Nenhum comentário:

Postar um comentário